Um estudo realizado pela professora Rebeca de Souza do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo(UNIFESP) e Elizabeth Meloni professora do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto(FMRP) da Universidade de São Paulo(USP) aponta que de cada 100 casos de gravidez entre mulheres de 15 a 19 anos, 60 terminam em aborto. O aborto na adolescência tem crescido igualmente com o número de gravidez. E em sua grande maioria, são realizados por meninas da classe média. As pesquisadoras afirmam que essas meninas tem mais facilidades e recursos para abortar do que uma adolescente de menor poder aquisitivo. Nas classes menos favorecidas, 80% das meninas levam a gestação até o final, enquanto na classe média acontece o contrário, 80% abortam.
O aborto aqui no Brasil, nesses casos são sempre feitos na clandestinidade. E quanto menor o poder aquisitivo, pior é a condição em que eles são realizados. O valor do aborto também é mais caro quando realizado em adolescentes do que em mulheres adultas, já que as pessoas que realizam muitas vezes se recusam a atender menores.
O aborto aqui no Brasil, nesses casos são sempre feitos na clandestinidade. E quanto menor o poder aquisitivo, pior é a condição em que eles são realizados. O valor do aborto também é mais caro quando realizado em adolescentes do que em mulheres adultas, já que as pessoas que realizam muitas vezes se recusam a atender menores.
Na última década, o que vem chamando atenção dos pesquisadores é a utilização de chás na intenção de provocar o aborto. Esta concepção não encontra nenhuma evidência científica, e nenhuma droga é derivada destes tipos de plantas para fins abortivos. Porém, o uso abusivo de chás pode provocar efeitos negativos tanto na mãe, quanto no bebê, mas raramente irá provocar o aborto.
Outro remédio que é procurado pelas adolescentes é o CITOTEC, mesmo sendo considerado ilegal para esses fins e sua venda sendo proibida. O Citotec atua, ao que tudo indica, provocando contrações de parto e a conseqüente expulsão do feto, em qualquer idade gestacional. O remédio foi criado para provocar contrações no útero quando era necessário apressar um parto ou expulsar um feto já morto, mas após alguns anos ao sair do seu estágio esperimental, passou a ser comercializado para tratameno de úlceras. Por ter sido proibido, muitas pessoas se aproveitam da fama do citotec e promovem remédios com o mesmo nome, sem garantia da autenticidade do verdadeiro remédio. O citotec é muito perigoso, nem em casos que o aborto é autorizado os médicos utilizam esse metódo. O seu uso normalmente é caseiro, e horas depois de ingerido o remédio, a mulher entra em trabalho de parto e expulsa o feto. As dores abdominais são intensas, muito maiores do que se fosse um aborto natural, e a mulher pode começar a sangrar tanto e com tal volume crescente que é quase sempre obrigada a procurar um hospital. Em algumas mulheres sua ingestão não provoca efeito algum, nem mesmo a expulsão do feto; em outras, provoca apenas a expulsão do feto. Não há assessoria médica para quem queira tomar Citotec, e sua utilização pode trazer muitos danos futuros, desde hemorragias a retirada do útero. Sua venda e procura no Mercado Negro é grande, facilitando cada vez mas o acesso para os adolescentes.
Portanto, podemos perceber que há uma grande confusão de ideias na mente das mulheres. Elas se sentem sozinhas, confusas e isoladas. Pensam no que terão de enfrentar ao escolher uma opção (seja o aborto que é ilegal e considerado um crime ou o fato de ser mãe jovem e inexperiente). Pelo medo de olhares acusadores e julgamentos morais, as adolescentes estão tomando atitudes precipitadas e imediatas, ao invés de procurar auxílio com quem entende do assunto. E essas atitudes, podem trazer no futuro, o arrependimento, assim como riscos para sua própria saúde.
Gráfico de razões que levam ao aborto:
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